Em busca da infância: experiências filosóficas com crianças numa escola pública municipal de São Mateus, ES

Nome: MAURO BRITTO CUNHA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JAIR MIRANDA DE PAIVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JAIR MIRANDA DE PAIVA Orientador
MARIA ALAYDE ALCANTARA SALIM Examinador Interno
SANDRA KRETLI DA SILVA Examinador Externo
UEBER JOSÉ DE OLIVEIRA Suplente Interno
WALTER OMAR KOHAN Examinador Externo

Resumo: A presente dissertação movimenta-se em torno de experiências de pensamentos com crianças, produzidas em escolas públicas municipais de São Mateus, ES. Problematiza a relação entre infância, educação e filosofia, dialogando a partir dos encontros e desencontros nas vivências e movimentos com os mais pequeninos. Sua composição teórico-metodológica mescla elementos vindos da perspectiva cartográfica deleuziana, da concepção historiográfica de Marc Bloch e da compreensão de um olhar atento aos acontecimentos de uma educação menor, no sentido de Silvio Gallo. Utiliza a observação participante no cotidiano escolar, o diário de campo e entrevistas semi-estruturadas. Compõe um mapa conceitual, um mosaico de pensamentos rizomáticos que se orientam com base nas ideias de Kohan, Deleuze, Larrosa, Rancière, Masschelein e outros. Objetiva contextualizar, analisar e problematizar o ensino de filosofia com crianças na rede municipal de educação de São Mateus. Trabalha com os conceitos de infância e de criança numa perspectiva dialógica com as concepções dos tempos aión e chrónos, compreendendo que o conceito de infância rompe com a ideia da temporalidade matemática (chrónos), possibilitando uma infância que pode ser vivida a qualquer tempo/época. Busca pensar o impensado, o enigmático, o paradoxo, a fim de possibilitar o esvaziamento de uma escola cheia, nos ajudando a pensar e repensar nossas práticas, ações, conceitos, afetos, signos, devires, nos deixando tocar por ideias que são produzidas nos agenciamentos diários e que podem nos abrir caminhos e possibilidades ainda não imaginados. Enceta que o encontro entre as crianças, os adultos e a filosofia pode contribuir com o desenvolvimento de uma educação escolar que promova espaço de tempo livre (skholé), tempo de educarmos nossos ouvidos para uma escuta atenta, geradora de pensamentos potentes. Enfim, essa pesquisa aposta na experiência de pensamento, por acreditar que o pensamento está profundamente conectado à vida, ao outro, aos aspectos de atenção, de sensibilidade e ainda, defende que o pensamento seja trabalhado com os mais pequeninos antes do ler, escrever e calcular.

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